sexta-feira, 23 de outubro de 2009

CAIM SEGUNDO JOSÉ SARAMAGO



O autor português, prêmio Nobel de literatura de 1998, José Saramago lançou, recentemente, um livro chamado “Caim”. Com base nesse livro, ele afirma: “o Deus da Bíblia não é de se confiar, é má pessoa e vingativo”. Ainda afirma: “Não absolvo Caim, mas acuso Deus de ser o responsável do assassínio ao recusar a oferenda dele. Que diabo de Deus é este que para enaltecer um irmão despreza o outro?". Mesmo diante das várias críticas, o autor ainda escreve em seu blog chamado “caderno.josesaramago.org” vários artigos que tocam no nome de Deus como um dos artigos chamado “Um terceiro deus” que ele afirma que mais um deus precisa ser criado para trazer equilíbrio e paz, já que os deuses do cristianismo e islamismo foram apenas criações humanas e que trouxeram somente crises culturais, afirma ele.

Facilmente, pode-se ver a insensatez de um ateu. Um ateu sempre pensa que está sendo um gênio, mas traz rastros de estupidez e ignorância. Não é à toa que a Bília afirma que um ateu é um insensato (Sl 14.1). Um ateu pode ser considerado uma pessoa insensata até sendo um prêmio Nobel de literatura. Isso acontece porque o ateu se fecha para a lógica e para a reflexão, embora que eles juram de pés juntos que eles são racionais. Mas se alguém analisar qualquer obra de um ateu com atenção, verá um rastro claro de insensatez.

José Saramago entrou num terreno que não é dele, tratou de um personagem da Bíblia que está num livro que deve ser interpretado devidamente com uma hermenêutica e exegese corretas, dentro de um conhecimento mais amplo de suas teologias. Coisa que, ao que parece, ele é completamente ignorante.

Pena que esse texto não chegue ao prêmio Nobel, pois ele aprenderia, pelo menos a ser mais humilde quando se trata de um texto que ele não tem conhecimento.


O site RTP de Portugal afirma numa gravação que Saramago disse que deveriam fazer críticas ao seu livro pelo seu valor literário e não pelos temas. Ora, mais uma insensatez. Como alguém analisa o valor literário sem analisar a relevância e coerência do tema exposto na obra, principalmente, quando se trata de uma acusação gratuita a Deus que ele afirma que não existe? Quando se distorce a realidade em nome de uma literatura medíocre, com razão essa literatura deve ser alvo de crítica, qualquer que seja ela.

José Saramago desconhece que Deus não tinha a obrigação de receber a oferta de Caim, pois toda a humanidade estava sob a maldição da condenação de Deus. Por causa de Adão, todos estavam separados do Criador. A partir dali, Deus somente receberia uma oferta vinda de fé (Heb 11.4). Tenho certeza que virá a pergunta: mas o que tinha os demais homens a ver com Adão? Toda a raça humana estava representada em Adão. Isso significa que quando Adão transgrediu a Lei de Deus, a condenação veio a todos, pois qualquer pessoa faria a mesma coisa a partir dali (Rom 5.12). Bem, eu sei que para um ateu é difícil entender isso, então eu espero que quem esteja lendo seja mais inteligente.


Segundo, Saramago não levou em conta nem o contexto do texto sobre Caim. Para mim, comprova uma mediocridade literária obtusa das piores. No texto de Gênesis 4.6,7 Deus chama Caim e adverte-o sobre o que ele intentava fazer. Deus estava ensinando que as ofertas deveriam ser oferecidas através da fé, ou seja, através da confiança da salvação providenciada por Deus que seria o Messias. Depois, Deus o chama quando matou seu irmão (Gen 4.9,10). Não foi falta de oportunidade de arrependimento para Caim para deixar o seu intento.

Outro erro de Saramago, como sempre, é achar que Caim e Abel foram os únicos e que Adão não teve mais filhos nesse ínterim. Ele afirma que Caim estava certo em querer evitar a propagação da raça que estava muito má. Quando fala da morte de Caim e Abel no livro de Gênesis, Adão e Eva já tinham outros filhos, pois não se sabe quando aconteceu esse episódio porque os homens viviam muitos anos naquela época.

Portanto, esse livro demonstra uma falta de conhecimento demonstrando muita bobagem e tenho que afirmar(minha língua está coçando para dizer, sinto muito) não passa de um livro de um português.